terça-feira, 21 de outubro de 2008

espetacularização da violência

Ponto para a TV Cultura de São Paulo que criticou o apelo de outros veículos de comunicação à espetacularização da violência, como no caso da criança defenestrada no início desse ano e no mais recente, da garota sequestrada pelo ex-namorado.

Vale lembrar que o sequestrador, como grande parcela da população brasileira, não tinha perspectivas de vida e projetou, na findada relação, a possibilidade de alcançar a tão por muitos desejada, mas tão difícil de ser conquistada no mundo de hoje, estabilidade.

Vale a leitura de Zygmunt Bauman. Qualquer que seja.

3 comentários:

Unknown disse...

ele fez tudo aqui pra conseguir estabilidade? não compreendo Oo

Leonardo Ucha disse...

Você conhece o modelo: trabalho, casa, carro, família. O sujeito se desepera com o que vê a sua volta, e com o que não vê. A ausência de coisas significa ausência de segurança. O que ele tinha? Perdeu. O que ele tem? Ele não sabe.

Existe uma música dos Titãs chamada Tudo em dia. Vê se compreende:

Vou comprar uma casa, vou ganhar dinheiro
Vou pensar no futuro, vou fazer um seguro
Vou ganhar o pão nosso de cada dia
Vou por tudo o que tenho na garantia
Vou ter conta no banco, vou trabalhar no escritório
Vou tomar um chope, vou tomar sorvete
Vou tomar remédio, que maravilha
Vou casar e constituir família
Vou andar de táxi, vou deixar o troco
Vou pagar os impostos, vou por os filhos na escola
Vou ser respeitado, vou engraxar o sapato
Vou botar o chinelo, vou sentar na poltrona
Vou jantar na melhor churrascaria
Vou pedalar domingo na ciclovia
Vou ter conta na mercearia
Vou gozar a aposentadoria
Vou ter cic, eleitor, reservistas, rg
Automóvel, tv
Crediário, poupança, carnê
Tudo em dia, tudo em dia
Tudo em dia, tudo em dia

Lú Mello disse...

"céééééértooooooooooo"!!!!!!!!!